Método das tiras (tecidos)

Entre a gama de técnicas de ensaio de tração, o método da tira é amplamente reconhecido pela sua precisão e repetibilidade. Neste método, uma tira retangular de tecido é fixada numa máquina de ensaio e sujeita a uma força de tração uniaxial até se romper. São registados parâmetros-chave como a força de rutura e o alongamento. Estes resultados ajudam os fabricantes a prever o desempenho dos tecidos sob tensões reais e a garantir a conformidade com as normas de ensaio têxtil reconhecidas.

As normas da ASTM International e da ISO fornecem uma estrutura consistente para o método de tiras, garantindo que os resultados sejam comparáveis entre laboratórios e linhas de produtos. Esta normalização é essencial para a garantia de qualidade, o desenvolvimento de produtos e a conformidade regulamentar.

O método da tira envolve o corte de um espécime com uma largura precisa, normalmente 50 mm ou 25 mm, dependendo da norma aplicável, e a sua montagem nas garras de uma máquina de ensaio de tração. A máquina aplica uma carga crescente a uma taxa constante de extensão até o espécime falhar. A força de rutura e o alongamento na rutura são medidos diretamente, fornecendo uma indicação precisa da resistência à tração e da ductilidade.

Este método é particularmente adequado para:

• Determinar a força de rutura de tecidos para controlo de qualidade e especificação de produtos.
• Comparar as propriedades de tração entre diferentes tipos de tecido, revestimentos ou tratamentos.
• Avaliar os efeitos de factores ambientais como a humidade, a exposição aos raios UV ou a abrasão.

Os sistemas OmniTest e MultiTest-dV da Mecmesin, operados através do software VectorPro, foram concebidos para este tipo de medição precisa e repetível. As configurações de aderência podem ser adaptadas para tecidos revestidos, escorregadios ou altamente elásticos para garantir resultados consistentes.

O método da tira oferece uma série de vantagens de engenharia:

• Medição precisa da força utilizando dimensões de amostra padrão e uma taxa constante de extensão, reduzindo a variabilidade entre testes.
• Versatilidade em tecidos, malhas, revestidos e não tecidos, tornando-o adequado para gamas de produtos variadas.
• Conformidade com as normas da indústria ASTM e ISO, garantindo a aceitação em ambientes comerciais e regulamentares.
• Medição direta do alongamento juntamente com a força de rutura, dando uma imagem clara da flexibilidade e durabilidade.

O método das tiras está definido em várias normas nacionais e internacionais, cada uma delas adaptada a tipos de tecido e requisitos de desempenho específicos:

• ASTM D751-06 - Especifica os procedimentos de ensaio de tração para tecidos revestidos, incluindo a orientação do método de tiras que tem em conta a influência dos revestimentos no comportamento de aderência, no alongamento e no modo de rutura.
• BS EN ISO 13934-1 - Especifica o método de tira para tecidos, determinando a força máxima e o alongamento à força máxima utilizando uma taxa constante de extensão.

Ambas as normas definem a preparação de amostras, o condicionamento, as velocidades de ensaio e os métodos de cálculo para garantir resultados exactos e reprodutíveis.

Os ensaios de tração através do método de tiras revelam propriedades mecânicas que determinam o desempenho dos tecidos durante a utilização. Uma elevada resistência à tração está frequentemente relacionada com a resistência ao rasgamento, ao deslizamento da costura e ao desgaste. Por exemplo, os tecidos de vestuário de proteção podem exigir uma força de rutura mínima de mais de 1000 N numa tira de 50 mm para cumprir as especificações de segurança.

Resultados exactos dependem de:

• Equipamento de precisão que mantém uma taxa constante de extensão e regista a força com alta resolução.
• Células de carga calibradas adequadas ao intervalo de força esperado.
• Preparação consistente da amostra para evitar que os danos influenciem os resultados.
• Controlo ambiental em que a temperatura e a humidade são estabilizadas antes do ensaio.

A utilização de sistemas como o OmniTest com VectorPro da Mecmesin garante o controlo destes parâmetros, permitindo resultados repetíveis e rastreáveis.

O método das tiras é utilizado sempre que a integridade do tecido sob carga é crítica:

• Os têxteis desportivos, como as correias dos arneses de escalada, as camisolas de râguebi e os tecidos de vela, são testados para garantir que suportam tensões elevadas repetidas.
• Os têxteismédicos, incluindo ligaduras, malhas cirúrgicas e biotêxteis, têm de combinar resistência à tração com flexibilidade para segurança e conforto dos doentes.
• Os tecidos industriais, como as correias transportadoras, os meios de filtragem e os geotêxteis, são avaliados quanto à retenção da resistência em ambientes abrasivos, de carga elevada ou quimicamente agressivos.

Por exemplo, as correias de arnês de escalada podem exigir forças de rutura superiores a 20 kN para cumprir as normas de segurança, verificadas através de testes de método de tira.

A Mecmesin oferece sistemas de ensaio de tração totalmente configuráveis, em conformidade com as principais normas ASTM e ISO. Os testadores OmniTest e MultiTest-dV, combinados com o software VectorPro, permitem que os engenheiros definam parâmetros de teste precisos, seleccionem as garras certas para o seu tipo de tecido e gerem relatórios detalhados para análise e conformidade.

Se precisar de implementar ou melhorar os ensaios de tração do método de tiras no seu processo de controlo de qualidade ou de I&D, fale com um dos nossos especialistas. Podemos recomendar o sistema de teste correto, configurá-lo para a sua gama de tecidos e ajudá-lo a obter resultados consistentes e em conformidade com as normas.